15 de setembro de 2007

Mundos

Há mundos em mim que não tem fim!

Transformação é o cotidiano,
Sempre sem razão de ser,
Mas à vontade para se refazer
E depois esquecer...

Vastidões de Eus que compõem
A mesma figura.

Às vezes me quero confinar!
Trancar-me no lugar mais escuro
E mais distante,
Jogar a chave fora e
Ser outro mundo...

Às vezes não basta!

Outras vezes anseio desejos
Tão intensos...
Procuro lá fora por tudo aquilo
Que me dê emoção e
Entrego-me sem pensar para
Ser outro mundo...

Não fico satisfeita!

As figuras em mim
Se renovam e se alteram,
Todas ao mesmo tempo...
E o tempo não dá trégua!

Sonhei que era tudo
Mais fácil...
Sonhei que era tudo
Diferente...
Mas foi só um sonho...

Sonhamos quando estamos acordados?
Ou quando dormimos é que nos deparamos
Com a verdadeira realidade?

Há mundos em mim que não tem fim!

E se fecho os olhos e
Me deixo levar...
As coisas passam por mim e
Sinto que quase posso voar...

Abro os olhos e
Sou outro mundo!!!!

12 de setembro de 2007

Pecado Original

Enquanto não saio do torpor
De ter pena de mim mesma,
Por viver em desamor,
Imagino-me sozinha ao Luar,
À procura da sombra amiga
Que venha me resgatar
E me levar...
A lugar nenhum!

Se penso em te escrever um poema,
Mas me arranco do sonho
Por sentir nada além de pena,
Não se sinta magoar.
Sozinha me manterei.
Nada tenho a ofertar,
A procurar...
Não sei quem sou!

E se me imagino voando,
Não passa de simples fuga
A qual me prendo, chorando,
Para poder continuar em frente.
Mas me arrasto pelo chão
E escorrego, feito serpente,
Á procura de um corpo quente...
Que eu possa envenenar!